Hail.....
Bem comecei diferente hoje rs, simplesmente porque não resisti, como disse ia
começar com os meus mitos de criação preferido, eu gosto da versão que escrevi
no anterior, porem quando o assunto é a criação do homem sempre acho essa a
melhor de todas as versões que conheço.Eu disse que não ia opinar neh rs opsss....
A CriaçãoPrimeiro, havia o Caos, que era o Nada do Mundo, e isto era tudo quanto nele havia. Nem Céu, nem Mar, nem Terra nada disto havia. Apenas três reinos coexistiam:
O Ginnungagap (o Grande Vazio), abismo
primitivo e vazio, situado entre Musspell (o Reino do Fogo) e Niflheim (a Terra da Neblina),
terra da escuridão e das névoas geladas.
Durante muitas eras, assim foi, até que
as névoas começaram a subir lentamente das profundezas do Niflheim e formaram
no medonho abismo de Ginnungagapum gigantesco bloco de gelo.
Das alturas abominavelmente tórridas do
Musspell, desceu um ar quente e este encontro do calor que descia com o frio
que subia de Niflheim começou a provocar o derretimento do imenso bloco de
gelo. Após mais alguns milhares de eras - pois que o tempo, então, não se media
pelos brevíssimos anos de nossos afobados calendários o gelo foi derretendo e pingando e deixando
entrever, sob a outrora gelada e espessa capa branca, a forma de um gigante.
Ymir era o seu nome e por ser uma
criatura primitiva, dotada apenas de instintos, o maniqueísmo batizou-a logo de
má. Ymir dormiu durante todas estas eras, enquanto o gelo que o recobria ia
derretendo mansamente, gota à gota, até que, sob o efeito do calor escaldante
de Musspell, que não cessava jamais de descer das alturas, eis que ele começou
a suar. O suor que lhe escorria copiosamente do corpo uniu-se, assim, à água do
gelo, que brotava de seus poderosos membros e este suor vivificante deu origem aos primeiros
seres vivos. Debaixo de seu braço surgiu um casal de gigantes e da união de
suas pernas veio ao mundo outro ser da
mesma espécie, chamado Thrudgelmir. Estes três gigantes foram as primeiras
criaturas, que surgiram de Ymir; mais tarde, Thrudgelmir geraria Bergelmir, que
daria origem à toda a descendência dos gigantes.
Entretanto, do gelo derretido também
surgira,além das monstruosidades já citadas, uma prosaica vaca de nome Audhumla, de cujas tetas prodigiosas manavam quatro rios, que alimentavam o gigante Ymir. Audhumla nutria-se do gelo salgado, que lambia continuamente da superfície, e, deste gelo,
surgiu ao primeiro dia o cabelo de um ser; no segundo, a sua cabeça; e, finalmente, no terceiro, o corpo inteiro. Esta criatura egressa do gelo chamou-se Buri
e foi a progenitora dos deuses. Seu primeiro filho
chamou-se Bor, e, desde que pai e filho se reconheceram, começaram a combater
os gigantes, que nutriam por eles um ódio e um ciúme incontroláveis. Esta foi a
primeira guerra de que o universo teve notícia e incontáveis eras sucederam-se
sem que ninguém adquirisse a supremacia. Finalmente, Bor casou-se com a giganta
Bestla e, desta união, surgiram três notáveis deuses: Wotan (também chamado Odin),
Vili e Ve. Dos três, o mais importante é Wotan, que um dia chegará a ser o
maior de todos os deuses. E, porque assim será, um dia, ele próprio disse a
seus irmãos:
Unamo-nos a Bor e destruamos Ymir, o perverso
pai dos gigantes!
Os quatro juntos derrotaram, então, o
poderoso gigante, e com sua morte, acabou também a quase totalidade dos demais
de sua espécie, afogada no sangue de Ymir. Um casal, entretanto, escapou do
massacre: Bergelmir e sua companheira, que construíram um barco feito de um
tronco escavado e foram se refugiar em Jotunheim, a terra dos Gigantes, onde
geraram muitos outros. Desde então, a inimizade estabeleceu-se, definitivamente,
entre deuses e gigantes, cada qual vivendo livremente em seu território,
mas sempre alerta contra o inimigo.
Dos restos do cadáver do gigantesco
Ymir, Wotan e seus irmãos moldaram a Midgard (Terra-Média): de sua carne, foi
feita a terra; enquanto que, de seus ossos e seus dentes, fizeram-se as pedras e
as montanhas. O sangue abundante de Ymir correu por toda a terra e deu origem
ao grande rio que cerca o universo.
- Ponhamos, agora, a caveira de Ymir no
céu - disse Wotan a seus irmãos, após haverem completado a primeira tarefa. Wotan
fez com que quatro anões mantivessem a caveira suspensa nos céus, cada qual
colocado num dos pontos cardeais. Em seguida, das faíscas do fogo de Musspell, brotaram o sol, a lua e as estrelas; enquanto
que, do cérebro do gigante, foram engendradas as nuvens, que recobrem todo o
céu.
Entretanto, após terem remexido a carne
do gigante, com a qual moldaram a terra,os três deuses descobriram nela um
grande ninho de vermes. Wotan, penalizado destas criaturas, decidiu dar-lhes,
então, uma outra morada, que não, o Midgard. Os seres subumanos, que pareciam
um pouco mais turbulentos que os outros, foram chamados de Anões e receberam
como morada as profundezas sombrias da terra (Svartalfheim). Os demais, que
pareciam ter um modo mais nobre de proceder, foram chamados de Elfos e receberam
como morada as regiões amenas do Alfheim. Completada a criação de Midgard, caminhavam,um dia, Wotan e seus irmãos sobre a terra para ver se tudo estava perfeito,quando encontraram dois grandes pedaços de troncos caídos ao solo, próximos ao oceano. Wotan esteve observando-os longo tempo, até que, afinal, teve outra grande ideia:
- Irmãos, façamos de um destes troncos um
homem e do outro, uma mulher! E assim se fez: ele foi chamado de Ask (Freixo)e
ela, de Embla (Olmo). Wotan lhes deu a vida e o alento; Vili, a inteligência e
os sentimentos; e Ve, os sentidos da visão e da audição. Este foi o primeiro
casal, que andou sobre a terra e originou todas as raças humanas que habitariam
por sucessivas eras a Terra-Média. Depois que Midgard e os homens estavam
feitos, Wotan decidiu que era preciso que os deuses tivessem também uma morada
exclusiva para si:
- Façamos Asgard e que lá seja o lar dos
deuses! - exclamou ele, que, como se vê, era um deus de energia e vontade
inesgotáveis.
Este reino estava situado acima da
elevada planície de Idawold, que flutuava muito acima da terra, impedindo que
os mortais o observassem. Além disso, um rio cujas águas nunca congelavam - o
Iffing - separava a planície do restante do universo. Mas, Wotan, sábio e
poderoso como era, entendeu que não seria bom se jamais existisse um elo de ligação
entre deuses e mortais. Por isso, determinou que fosse construída a ponte
Bifrost
(a ponte do Arco-íris), feita da água,
do logo e do mar. Heimdall, um estranho deus nascido ao mesmo tempo de nove
gigantas, ficaria encarregado, desde então, de vigiá-la noite e dia para que os
mortais não a atravessassem livremente no rumo de Asgard. Para isso, ele
portava unia grande trompa, que fazia soar todas as vezes que os deuses cruzavam
a ponte.
A morada dos deuses possuía várias
residências, as quais foram sendo ocupadas pelos deuses à medida que iam
surgindo. Entretanto, se na mais alta das regiões estava situado o paraíso daquele soberbo universo, nas profundezas da terra, muito abaixo de Midgard, estava o Niflheim
, o horrível e gelado reino dos
mortos. Lá pontificava a sinistra deusa Hell, filha de Loki, e que tem ao lado
a serpente Nidhogg. Esta se alimenta dos cadáveres dos mortos e se dedica a
roer continuamente uma das raízes da grande árvore Yggdrasil, um freixo gigantesco
que se eleva por cima do mundo e deita suas raízes nos diversos reinos, entre
os quais, o próprio Asgard. Ao alto da copa frondosa desta imensa árvore,
sobrevoa uma gigantesca águia, que vive em guerra aberta contra a serpente
Nidhogg. Um pequeno esquilo - Ratatosk -, que passa a vida a correr desde o alto
da Árvore da Vida até as profundezas onde está a terrível serpente, é o
leva-traz dos insultos que estas duas criaturas se comprazem em trocar sem
jamais esgotar seu infinito estoque de injúrias.
Nesta árvore fundamental, diz a lenda que
o próprio Wotan esteve pendurado
durante nove longas noites, com uma
lança atravessada ao peito, para que pudesse
aprender o significado oculto das Runas,
o alfabeto nórdico, que rege e governa a vida dos deuses e dos homens. Quando seu
martírio terminou, Wotan havia se tornado,
definitivamente, o mais poderoso e sábio
dos deuses, tendo o poder de curar doenças e
de derrotar os inimigos com sua poderosa
lança, Gungnir - ao mesmo tempo, sua mais poderosa arma e local de registro de
todos os seus acordos.
Yggdrasil é o centro do mundo, e,
enquanto suas raízes continuarem a suportar o peso de seu prodigioso tronco e
de seus ramos infinitos, o mundo estará firme e a vida será soberana, sob os
auspícios de Wotan, senhor dos deuses.
Até Breve
Freya Vivienne )O( Bjs e Luz